Minhas polêmicas!!!

Cabe ao vereador, mostrar os problemas da comunidade e buscar providências junto aos órgãos competentes. Mas não é só isso. Cabe-lhe também a função de fiscalizar as contas do Poder Executivo Municipal e do próprio Legislativo. Apesar das leis falarem claramente em “poderes independentes e harmônicos entre si”, ainda falta muito para que isso vire realidade. Lamentavelmente, as contradições começam quando temos parlamentares, em sua maioria, subservientes e fiéis aos interesses políticos e econômicos do Executivo.É vergonhoso. Prefeitos detêm a maioria dos vereadores os quais mantém com uns “empreguinhos” , um benefício aqui, outro ali... e assim, o edil fica cada vez mais distante do verdadeiro papel do vereador, passando a ser apenas mais um encabrestado, boneco de marionete.
E aqui fica a pergunta: será que o vereador que presta apoio político incondicional ao Prefeito em troca de “benefícios” pessoais, exercerá livremente a função de fiscalizá-lo? Não.
Isso precisa ser mudado. Vereador deve ser independente, atuante, polêmico, e deve sempre ter a coragem de concordar com o que considerar certo e discordar do que considerar que esteja errado. Também é válido lembrar que pela estrutura social brasileira, ao vereador é sempre cobrada a função de assistente social. Isso vem de longe. São os costumes “coronelísticos” que persistem, como herança política da República Velha. Infelizmente, devido à realidade de pobreza, ainda se pensa assim, o que torna desfigurada a ação política. Essa mentalidade tanto compromete o eleitor, vítima maior, quanto ao vereador, que não dispondo de condições materiais para solucionar os problemas do seu eleitorado, obriga-se ao cabresto do Prefeito. Mas, tanto no caso do eleitor como do vereador, predomina-se a escassez de educação política.
Me coloco na posição de vereadora atuante, polêmica, disposta a romper com os costumes persistentes de subserviência e vício. Uso, com disposição, a prerrogativa de denunciar possíveis fraudes envolvendo dinheiro público.
Sou consciente e procuro contribuir efetivamente para o desenvolvimento humano do município, ajudando o povo a pensar e se organizar.

“A oposição no Legislativo tem o papel de fazer uma fiscalização mais efetiva porque a bancada governista, muitas vezes, dependente dos cargos ou dos empregos que o Executivo coloca, ela se retrai na fiscalização”.